De forma geral, e tendo em conta as condições que o nosso país oferece, atualmente é bastante rentável adquirir uma instalação fotovoltaica. Por este motivo, e também pela pela oscilação dos preços da eletricidade, são cada vez mais aqueles que optam por instalar painéis solares para autoconsumo.

A poupança obtida com a instalação de painéis de energia solar é bastante significativa, podendo chegar a 60% do custo anual da energia elétrica numa casa familiar comum. No entanto, é importante referir que este valor pode variar em função de vários fatores, tais como a localização geográfica da casa e dos painéis fotovoltaicos, da sua qualidade e da própria manutenção.

A poupança na fatura de electricidade que se conseguirá obter, juntamente com os inúmeros apoios que existem actualmente para a instalação de painéis solares, permite recuperar o investimento realizado.

Como especialista na comparação de tarifas de energia, água e telecomunicações, a Selectra, juntamente com a Engisun, elaborou uma lista de fatores que podem ajudar a poupar através da instalação de painéis solares.

Como foi referido, a poupança que se pode obter ao instalar painéis solares na nossa casa vai depender de vários fatores.

1. A qualidade da tecnologia utilizada

Existe no mercado uma grande variedade de painéis solares e inversores fotovoltaicos, com diferentes características e níveis de eficiência, que permitem obter diferentes níveis de poupança. Por isso, ao escolher um determinado modelo, devemos considerar não apenas o preço, mas também levar em consideração aspectos como qualidade, eficiência e as características específicas de cada equipamento.

Saiba ainda que o uso de equipamentos de menor qualidade pode reduzir o tempo de recuperação do investimento, bem como antecipar o risco de avaria. Além disso, o próprio desempenho geralmente é menor e tende a degradar-se mais rapidamente. E se o objetivo é poupar, todos estes fatores evitam que isso aconteça.

2. Planificar o consumo em função da produção de energia solar

É importante organizar o consumo de acordo com a produção do nosso sistema fotovoltaico. A poupança obtida será maior se o nosso consumo for realizado principalmente nas horas em que a produção de painéis solares também é maior. Isso vai depender da possibilidade que temos de programar ou não o nosso consumo. O período de maior geração fotovoltaica, geralmente é das 9h00 às 17h00, pelo que é neste horário que se deve consumir mais energia.

3. Tarifa de eletricidade contratada

Para se obter poupanças ainda maiores, é importante que a eletricidade que não pode ser fornecida pela energia fotovoltaica seja a mais barata possível. Para isso, podemos contratar uma tarifa bi-horária que nos permite pagar menos pela energia durante a noite, já que o consumo durante o dia é efectuado pelos painéis solares. É aconselhável que no período do dia em que se consome menos eletricidade, se contrate uma potência elétrica mais reduzida. As horas do dia em que a eletricidade é mais cara coincidem, em grande parte, com os períodos em que os painéis solares estão no seu auge no que diz respeito à produção de energia.

4. As características da casa

Dependendo da localização da casa teremos mais ou menos horas de sol. No entanto, no nosso país as diferenças no que diz respeito às horas de luz solar não são significativas, pelo que será sempre rentável instalar painéis solares, independentemente da região em que nos encontramos.

No entanto, devem ser considerados os seguintes fatores:

  • O espaço disponível para a instalação, já que determina o número de painéis solares que podemos colocar.
  • A orientação, sendo geralmente aconselhável orientar os painéis solares para sul.

5. Manutenção preventiva

Uma das características das instalações fotovoltaicas de autoconsumo é que praticamente não necessitam de manutenção, e quando necessitam, é algo muito fácil de resolver. Uma manutenção adequada torna a instalação mais rentável. Sabia que se limpar os painéis de forma regular pode aumentar a produção de energia até 10%?

6. A dimensão da instalação fotovoltaica

Para que se retire o máximo proveito possível da instalação solar, é importante que se calcule corretamente o número de painéis solares de acordo com as necessidades da casa.  O tamanho da instalação deve estar de acordo com alguns fatores, tais como o número de habitantes da casa bem como os hábitos de consumo.

É  importante que se conte com bons cálculos de forma a que se ajuste o tamanho da instalação de acordo com a estação do ano, já que no verão há cerca de duas vezes mais produção fotovoltaica do que no inverno.

7. O tipo de instalação fotovoltaica: independente ou conectada à rede elétrica

A poupança dependerá também do tipo de instalação fotovoltaica que temos, conectada à rede elétrica ou totalmente independente, devido às baterias que armazenam energia.

  • Poupar com a instalação sem conexão à rede elétrica. Este tipo de instalação é ideal para locais onde não há possibilidade de contratar energia através da rede elétrica comum. A grande vantagem dos painéis solares é que permite ser autossuficiente em termos energéticos, não necessitando de se conectar à rede elétrica. Para isso são precisas baterias solares para acumular a energia produzida durante o dia e não consumida, e para que a possamos ter quando for necessário. Tudo isto significa que o investimento inicial aumenta substancialmente, principalmente devido às baterias solares, que são um dos componentes mais caros da instalação.
  • Poupar com a instalação ligada à rede elétrica. São instalações de  autoconsumo que ainda estão ligados à rede elétrica, pelo que podem ser utilizados quando os painéis solares não produzem o suficiente ou quando não produzem eletricidade de forma directa. O ganho adicional que podemos obter com a nossa instalação de autoconsumo baseia-se num sistema de compensação de excedentes de autoconsumo fotovoltaico, que permite vender a energia que sobrou e que não foi consumida.

8. Outros fatores envolvidos na poupança: apoios fiscais

A poupança proporcionada pelos painéis solares também pode ser aumentada por outras contribuições, como subsídios ou benefícios fiscais facultados, por exemplo, pelo Estado. São formas de promover o uso da energia renovável, protegendo o ambiente e ajudando na transição energética.